4º Dia:

A manhã começou bem. Levantamo-nos por volta das 7h30, 8h00 para começarmos a nossa caminhada sem que estivesse muito calor…
Como já vinha sendo hábito, o pessoal foi na sua grande maioria para baixo do chuveiro para se refrescar, pois sabíamos que íamos ter uma longa caminhada pela frente.
Arrumámos as tendas e depois do pessoal estar todo reunido, quem se destacou foi o Dani, que nos leu uma “oração” espectacular. Depois disto pusemos “Pés à obra”. Tínhamos pela frente uma longa e dolorosa caminhada.
A boa disposição permanecia sempre no rosto de cada um de nós. Ao longo do caminho íamos cantando músicas de todo o tipo para nos distrairmos e não pensarmos no que ainda nos faltava andar…até que chegamos perto de uma fábrica de cimento, e uns guardas nos disseram que o caminho por onde nós tencionávamos ir estava para obras e nós não podíamos passar, o que significava que tínhamos de voltar para trás e arranjar outro sítio. A solução era subir a serra da Arrábida com todo o material ás costas, mas devido a um excelente trabalho por parte do Dani conseguimos arranjar transporte para as nossas mochilas e material. Enquanto isso tínhamos de nos entreter de ALGUM modo…uns optaram por jogar cartas, outros simplesmente por dormir, outros por pôr a conversa em dia, e outros por tocar viola e cantar.
Depois dos ânimos estarem mais calmos, já estava na hora de confeccionar o almoço. Para variar, comemos sopa, e para não variar comemos mais uma vez sandes.
Quando demos pelas horas já estava a chegar o senhor simpático que iria transportar o nosso material, mas como a carrinha era espaçosa também conseguiu levar algumas pioneiras (Rita, Diana, Catarina, Micas). Ficaram portanto as resistentes Carina, Joana, Karen e a Ana. Mas para algum pessoal do grupo que pensou que nós (as quatro raparigas que foram na carrinha) íamos para lá descansar enquanto o resto do grupo estava a caminhar enganou-se completamente, porque nós ficamos à beira da estrada com as mochilas de todo o grupo (que eram mais ó menos 42 incluindo cantinas fogões e mochilas pequenas) para transportar até á praia, porque por mais longe que o senhor nos quisesse levar era impossível porque aquela rua era bastante estreita.
Então nós tivemos de nos organizar, ou seja, uma tinha de ficar cá em cima a tomar conta das mochilas, outra na praia a tomar conta das mochilas que nós levávamos e apenas duas a carregar as restantes até à praia. Estão a ver a situação???
A caminhada esperava-se longa e dolorosa e foi o que aconteceu.
Partimos do parque de estacionamento com o Portinho da Arrábida em mente. A serra da Arrábida foi um osso muito duro de roer, e do meio para o fim as dificuldades começaram a surgir. Mas no meio de todas as dificuldades ainda tivemos energias para elevar a nossa adrenalina até ao ponto máximo pois encontramos um trilho espectacular, mas como já vem sendo hábito o Kevin entrou em acção, o trilho tinha um elevado declive. O “Azarado” escorregou e ficou todo “pintado” (palavra simpática para descrever a situação em que o Kevin ficou).
Mas quando tomamos consciência do local em que nos encontrávamos verificamos que era o tão desejado Portinho da Arrábida. As raparigas que tinham chegado em primeiro lugar devido à boleia, ainda se encontravam a levar as tendas para a praia.
Quando lá chegamos, foi hora de restabelecermos forças, tomando um banho naquele magnífico lugar.
Já era noite até que em conversa houve alguém que deu a ideia de irmos comer a um snack-bar, mas tínhamos de ir por partes, porque as mochilas não podiam ficar sozinhas… então quando o grupo onde eu estava (Catarina) já tinha jantado, e estávamos na praia, nós, as BUZININHAS*, tivemos a ideia de construir músicas (o que foi uma BRILHANTE ideia…Lol).
Quando terminamos fomos ter com o resto do pessoal até que acabou por chegar o outro grupo que tinha ido jantar…
Enquanto um grupo esperava pelo outro a alegria e a boa disposição eram os factores dominantes. No final de tudo isto ainda houve tempo para eu (João Sinval) e o Lays darmos uma de verdadeiros escuteiros pois estávamos muito prestáveis para com toda a gente. Depois disto já grande parte do pessoal dormia… e foi assim o 4º dia…